Nos idos de 2005, um grupo de alunos da Faculdade de Letras da UFF buscava refúgio nos bares da Cantareira a fim de, além de molhar a palavra, pensar um modo de manter os encontros literários que escasseariam com a conclusão do curso. Era o início do frutífero, e líquido, Conversando literaturas. Uma das conclusões mais interessantes, e tolas, daquelas discussões referia-se ao fato de não querermos falar sobre clássicos, como Clarice, Machado, Shakespeare, por que, óbvio, não haveria nada novo a se dizer a respeito destes autores – que já derrubaram muitas florestas. Felizmente, embora pretensiosos, não éramos brutos, e o segundo ciclo de leituras já foi sobre o argentino Jorge Luis Borges. É então uma sensação demolidora (pra cima) poder reler com meus alunos, amigos, as duras letras com que Clarice Lispector escreveu a vidinha de Macabéa e encontrar as duas propostas da leitura feita pelo Professor João Cezar de Castro Rocha: Macabéa, como um dos filhos do casal Fabiano e Sinhá Vitór
Espaço criativo, ambiente de troca e reflexões sobre livros, literatura e artes.