Para minhas “companheiras eróticas” * Uma luz branca, outra branca, uma amarela, uma branca, um intervalo, depois tudo de novo: branca, branca, amarela, intervalo... cada vez mais rápido. Mais rápido, mais rápido... Os olhos atentos acompanhando a seqüência de luzes no túnel do metrô. Seu pensamento tentando inutilmente se concentrar naquela ordem, tentando perceber alguma mudança: branca, branca, amarela, branca, intervalo... até que só viu um grande escuro e depois a luz do dia. Mas é impossível prestar realmente atenção às tais luzes e ao sol que depois de dias de chuva finalmente aparece suave, mas quente o suficiente para fazê-la tirar o casaco, não sem antes reparar na blusa que está usando. Podia ser aquela furadinha nas costas (malditas traças!) e aí o jeito seria agüentar o calor. Não é. Está vestindo a amarela que ganhou de aniversário da Márcia. Márcia, Márcia, mar se amar, se amar, se amar. Culpa dela também. Uma daquelas amigas que povoam as suas fantasias e a quem a
Espaço criativo, ambiente de troca e reflexões sobre livros, literatura e artes.