Era 2016, eu estava em um congresso [1] sobre literatura na UERJ, sentada ao lado de dois pesquisadores no tablado que ficava ao fundo da sala. A cena era essa, sete pesquisadores à postos para apresentar suas pesquisas e uma singela plateia de um pouco mais de dez pessoas, prontas a assistir e comentar sobre as comunicações. Entre os sete, eu era a última a me apresentar e eu conto isso com vivacidade e riqueza de detalhes a fim de explicar o motivo exato da escolha para esta resenha que escrevo. Chateada pela minha posição, mas igualmente curiosa pela apresentação dos colegas, ouvi a todos pacientemente, inclusive impressionada pelas pesquisas originais e distintas. Por acaso, os dois colegas ao meu lado tratariam sobre o mesmo livro, do qual eu nunca tinha ouvido falar. Portuguesa radicada no Brasil entre 2011 e 2013, ela havia publicado um livro em 2015, livro esse que era um sucesso de vendas e publicidade, recomendado por Carlito Azevedo, um poeta já reconhecido pelo público,
Espaço criativo, ambiente de troca e reflexões sobre livros, literatura e artes.