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Mostrando postagens de setembro 6, 2020

"Eles não vão vencer, baby / Nada há de ser em vão"

“Eu estava adormecida antes, foi assim que deixamos acontecer. Quando eles massacraram o congresso, nós não acordamos. Quando eles culparam terroristas e suspenderam a Constituição, também não acordamos. Eles disseram que seria temporário. Nada muda instantaneamente” Margareth Atwood “O Conto de Aia”, romance mais conhecido de Margareth Atwood, autora canadense de grande visibilidade e importância em todo o mundo, é um dos livros mais interessantes que li nos últimos tempos - e olha que não foram poucos! hahahahaha Trata-se de uma obra que tem como enredo o surgimento de uma sociedade distópica, em que o patriarcalismo é levado às últimas consequências, o que quer dizer que as mulheres perdem os direitos que conquistaram ao longo do tempo, especialmente, por conta do advento do Movimento Feminista. Aliás, na República de Gilead, as mulheres são divididas em castas e, a elas, cabe exercer papéis pré-determinados por homens, que são os grandes paladinos da moral e da justiça, além de com

Bem no fundo

Bem no fundo No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto a partir desta data, aquela mágoa sem remédio é considerada nula e sobre ela — silêncio perpétuo extinto por lei todo o remorso, maldito seja quem olhar pra trás, lá pra trás não há nada, e nada mais mas problemas não se resolvem, problemas têm família grande, e aos domingos saem todos a passear o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas. Paulo Leminski