Até hoje me surpreendo quando vejo meus alunos, uma geração que cresceu na era da informática, levando adiante o fetiche pelo livro de papel. Ainda lembro bem da sombra que pairou sobre o mundo da impressão com o lançamento dos primeiros modelos populares de e-reader . Veiculavam que o papel seria, em breve, coisa do passado. Os anos passaram, a acessibilidade digital se multiplicou exponencialmente, mas as gráficas não deixaram de rodar. Não sei se são as capas coloridas, o cheiro do papel, as memórias sedimentadas em um livro de sebo ou o efeito mágico de ver uma estante organizada, mas algo atrai e prende o ser humano à leitura analógica. E, por isso, eu sempre me senti algo herege nesse culto literário: sempre fui um adepto do PDF. Com a chegada do Kindle, reforcei ainda mais o meu gosto pela praticidade do digital, raramente adquirindo cópias físicas. Ao menos até conhecer o livro que despertou em mim esse fetiche atávico pelo papel: S. , de Doug Dorst e J. J. Abrams. Para e
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