Esta (quase) resenha é sobre travessias e Estilhaços . Sobre Haiti e Brasil, Haiti-Brasil-Haiti, em modo repetição. Sobre Estilhaços , estes laços, estes aços, este tudo-tanto literário que é, de fato, uma enorme pena desconhecermos. É também sobre “breviários de cantos” e sobre desatar o silêncio do poema (p.29), como escreve Frankétienne, polivalente poeta haitiano. É, sobretudo, sobre elos que apontam para encontros e constroem cais nas Américas pós-coloniais. E me ancoro nas palavras do poeta e musicista brasileiro Milton Nascimento em sua ode ao mar-caminho-cais: “Invento o mar / Invento em mim o sonhador / Para quem quer me seguir / Eu quero mais / Tenho o caminho do que sempre quis / E um Saveiro pronto pra partir / Invento o cais / E sei a vez de me lançar”. Esta (quase) resenha é sobre travessias e Estilhaços . Estilhaço s, a primeira antologia brasileira bilíngue, francês-português, de poesia haitiana contemporânea, publicada em 2020 pelo Selo Demônio Negro. Uma antologia-ca
Espaço criativo, ambiente de troca e reflexões sobre livros, literatura e artes.