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Mostrando postagens de agosto 9, 2020

Zweig, Freud e o Amor

Zweig, Freud e o Amor ou O circuito de correspondências entre Zweig e Freud entre 1908 – 1939 e sua importância na clínica psicanalítica para pensar o amor Foi a partir do leitura da correspondência trocada durante 31 anos entre o escritor Stefan Zweig (1881-1942) e o médico neurologista e psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) que resolvi escrever este ensaio, destacando talvez a principal lição de Zweig sobre um afeto tão discutido ao longo da história: o amor.  Trata-se especificamente de evidenciar nestes escritos a relação de admiração e identificação entre Zweig e Freud em tempos em que a Europa vivia o luto, a melancolia e a angústia no entre Guerras, e uma Europa com mais de 9 milhões de mortos.  Afinal, o que é o amor? Sem a pretensão de responder tal questão, começo estas breves reflexões pensando que o amor se faz uma categoria analítica muito presente no artesanato psicoterapêutico, e em algum grau, se mostra como um afeto muito presente no intenso diálogo entre estes dois

Jorge Amado: evocações da liberdade e do amor

10 de agosto de 2020 . Hoje completaríamos 108 anos de um dos brasileiros mais importantes para a arte, cultura, literatura, política e História desse país. Jorge Amado nasceu em Itabuna/BA, no ano de 1912.  Autor de obras reconhecidas internacionalmente, traduzidas para mais de 55 países, Jorge Amado trouxe à luz, já na década de 1930, temas e personagens que até então não tinham espaço significativo na criação ficcional. Pelo menos não com o mesmo protagonismo e modo como ele teceu em sua rede de tramas. Ficou conhecido através de suas criações, como:  Capitães da areia (1937), Gabriela, Cravo e Canela (1958), Dona Flor e seus dois maridos (1966) e Tieta do Agreste (1979). Em Capitães da areia , a abordagem é a da exclusão/marginalização dos meninos de rua da cidade da Bahia e a luta travada para sobreviverem em uma sociedade tão desigual. Uma narrativa que se alterna em um tom ora documental, ora poético, pois, apesar de terem a fome por brinquedo, não lhe faltavam as gargalhadas

As mãos do meu Pai

As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis sobre um fundo de manchas já cor de terra — como são belas as tuas mãos — pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram na nobre cólera dos justos… Porque há nas tuas mãos, meu velho pai, essa beleza que se chama simplesmente vida. E, ao entardecer, quando elas repousam nos braços da tua cadeira predileta, uma luz parece vir de dentro delas… Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente, vieste alimentando na terrível solidão do mundo, como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento? Ah, Como os fizeste arder, fulgir, com o milagre das tuas mãos. E é, ainda, a vida que transfigura das tuas mãos nodosas… essa chama de vida — que transcende a própria vida… e que os Anjos, um dia, chamarão de alma… Mário Quintana